Iluminação na Linha Tatetos
17 de Junho de 2020
Na semana passada, cerca de 30 famílias foram beneficiadas com energia elétrica no distrito do Tatetos, em Flor da Serra do Sul; onde 20 unidades domiciliares passaram a ter seu relógio de energia elétrica ligado. Segundo a Procuradora Jurídica, Taciane Andreghetto Cipriani, que é moradora do distrito há 20 anos, faltam ainda outras 8 unidades para serem ligadas. “Comecei a trabalhar na prefeitura em agosto do ano passado e assim que entrei busquei revolver o problema a pedido da prefeita Lucinda e do vice Alcenir”, relata.
Conforme Taciane, há mais de 20 anos muitas famílias da comunidade não possuíam a sua caixa de entrada de energia e acabavam por dividir a energia elétrica com outras pessoas. “Haviam apenas 3 unidades, ou seja três relógios atendendo cerca de 30 casas e quando chegava a conta da energia eles dividiam para pagar”, explica complementando que várias tentativas para solucionar o problema haviam sido feitas, porém quando chegadas a Companhia Paranaense de Energia (Copel), eram negadas.
“O nosso primeiro passo, foi entrar em contato com o novo gerente da Copel, Marcos Vinicius Monteiro. Já havíamos feito uma visita a companhia no ano passado, conversei com o gerente de projetos da época, mas não encontramos uma solução, pela impossibilidade de extensão de rede pela faixa de domínio do DNIT e também pelo fato de não haver documentação da área seria ainda mais difícil. Em 1996, os proprietários da área não possuíam a metragem suficiente para registrar o local como uma propriedade rural, e na época não havia possibilidade de registrá-la como urbana”, relata enfatizando que com isso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) decidiu que a área seria doada à Flor da Serra, mas ninguém possuía conhecimento disso.
“Descobri esse fato quando entrei em contato com o órgão e solicitei o histórico da propriedade. Eram todos posseiros sem regularização. Mandamos um ofício para o Incra pedindo a regularização de doação para o município, que será a próxima etapa. Registrar, criar uma matrícula em nome do município e depois desmembrar a área e criar uma matricula para cada posseiro. Em razão do déficit de funcionários do INCRA , está demorando mais de seis meses para cada análise de requerimento”, continua.
1º pedido
“Meses atrás, com a extensão da rede de baixa tensão, os moradores foram fazer o pedido para a ligação, e a Copel negou, porque não havia nome de rua, nº de casa ou endereço que poderia ser usados no registro. Os técnicos viriam executar o serviço, mas não encontrariam o local da solicitação . Quando começamos a fazer reuniões em busca de um solução, entrou um gerente novo na Copel, o Marcos, e ele se dispôs a conhecer o local pessoalmente, nisto ele visualizou o problema e logo em seguida os trabalhos começaram”, conta Taciane.
Segundo ela, a primeira solução que o gerente propôs, foi o envio de dois técnico para visualizar e fazer um levantamento da área. Junto disso, já foram pedidas duas extensões de redes pelas ruas paralelas, que já foram executadas. “Ainda está sendo providenciada a iluminação pública, nos próximos dias será executada. Assim que os técnicos vieram expliquei a situação social de cada morador, muitos aqui não tinham sequer água quente no chuveiro”, explica.

Solução momentânea
Conforme a advogada, a união de todos os moradores foi fundamental para solucionar o problema, mesmo que ainda falte alguns pontos. “Ainda não há nome nas ruas e nas casas. Foi realizada a ligação com base em nome e CPF dos moradores. Colocamos números nas caixinhas de energia para que quando os técnicos viessem ligar, pudessem identificar a unidade. O problema não era dinheiro, acredito que foi falta de comunicação entre os órgãos, pois a 20 anos atrás não tínhamos a facilidade de comunicação que temos hoje ”, ressalta destacando que a primeira extensão de rede foi realizada em 2018 e custeada pela prefeitura. Já a segunda, não houve custo algum “Essa área foi sancionada em lei municipal como área de interesse social e com isso, a Copel realizou todo o serviço sem custo, por conta de um projeto próprio que beneficia essas áreas”, finaliza.