Concurso alerta produtores sobre perdas na colheita da soja

28 de Março de 2011

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São 3,5 mil hectares cultivados de soja em Flor da Serra do Sul. Segundo a engenheira agrônoma Sônia Toigo, a soja é uma cultura que tem um importante papel no PIB (Produto Interno Bruto) do município.  Mas o produtor pode ter um ganho mais elevado se ficar atento as perdas na colheita.


 A Seab (Secretaria de Estado da Agricultura), a Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e as secretarias municipais de Agricultura de parte do Sudoeste do Paraná realizaram um concurso para saber quanta soja está ficando para trás na hora da colheita. “Queremos identificar quantas sacas deixam de ser colhidas por hectare. Depois vamos trabalhar com cursos de capacitação para evitar essas perdas” explica Sônia.



Foram 203 produtores inscritos no concurso que compreende 27 municípios da Regional de Francisco Beltrão.  Oito dos inscritos são produtores de soja do município de Flor da Serra do Sul. Os produtores Glacir Furlani e Ademir Pompermaier se inscreveram para obterem dados e melhor administrar a lavoura. “Me inscrevi no concurso para saber o quanto eu perco na hora da colheita. Isso é muito importante. Hoje não tenho nem ideia de quanta soja fica para trás”salienta Furlani que mora na linha Cabeceira do Araçá.



As coletas do material para o concurso já começaram. O percentual de perdas está superando as expectativas. “Esperávamos uma perda muito maior. Ainda bem que essa previsão não se concretizou” explica Sônia. Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) o índice tolerável de perdas deve estar entre  0,75 a uma saca por hectare.



O coordenador Regional da Emater, Carlos Alberto Wust da Silva, diz que o objetivo do concurso vai além da premiação. Segundo Carlos, em 2009, na regional de Francisco Beltrão foram perdidas 2,5 sacas por hectares na hora da colheita. “Isso representa uma perda de pelo menos R$ 20 milhões. Queremos que a região deixe de colocar todo esse dinheiro no ralo” reforça.
A competição pretende chamar a atenção dos produtores para medidas simple


s que no final da colheita fazem toda a diferença. “O produtor precisa saber quantas sacas ele perde. Ele precisa saber que muitas vezes a responsável pela perda é a própria máquina que não está bem regulada”explica o vice-prefeito e secretário da Agricultura Jocemar Tomazini.



Quanto menos grãos de soja ficam no chão menor também o risco da próxima lavoura ser contaminada por fungos e doenças como a Ferrugem Asiática. Os grãos de soja perdidos na colheita ficam no solo e podem sofrer com a ação de fungos.  “Se a geada não tornar os grãos improdutivos, o produtor terá o trabalho também de eliminar a soja que nascerá voluntariamente. A lei do Vazio Sanitário exige que por um período de 90 dias [durante a entressafra] não haja o cultivo dessa cultura” explica a engenheira agrônoma Sônia.



Os resultados do concurso serão divulgados no dia 20 de maio no Centro Social da Cango, em Francisco Beltrão. O produtor que ficar em 1º lugar ganhará uma moto, o 2º lugar um notebook e o 3º produtor levará para casa uma TV 29 polegadas. No entanto os produtores Glacir Furlani e Ademir Pompermaier sabem que o prêmio é apenas uma motivação o mais importante é identificar as perdas de suas lavouras e porque elas acontecem.
Metodologia e verificação de perdas



Os grãos são coletados em quatro áreas diferentes da lavoura, cada uma medindo 2 m2 .“Cada um da equipe escolhe uma área, o produtor também pode sugerir. Essa metodologia é adotada devido o solo apresentar maior  declive

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