O campo envelhece

10 de Abril de 2010

=”javascript:popup(‘/pop-up/noticias.asp?id=374&img=01’);”>No Brasil, segundo o último censo divulgado em 2000, somente 18% da população brasileira morava no campo. Dado que se atualizado, deve cair para menos de 15% no próximo censo. Em Santa Catarina, onde 95% das propriedades rurais são de agricultura familiar, e deste número 70% tem menos de 20 hectares, as pequenas propriedades parecem estar com os dias contados. Algumas pessoas ligadas a esta área defendem a tese que nos próximos 20 anos haverá uma redução de 50% no número de propriedades rurais.



A veracidade destas citações podem ser compreendidas ao olharmos para a própria comunidade. Muitos agricultores deixam o campo, vendem suas terras, por razões simples: ficaram velhos, sem força para continuar com aquele trabalho diário, na maioria das vezes pesado e pouco rentável. Os filhos foram embora para a cidade, buscar algo melhor para sobreviver, e aos idosos que permanecem não resta outra opção a não ser a de vender a propriedade, e ir em busca de uma nova vida na cidade.



O casal de idosos da linha Tilongo, interior de Flor da Serra do Sul enfrenta esta mesma situação. Adelino Alves de 62 anos mora no mesmo lugar desde que nasceu, quando Helena casou-se com Adelino, veio morar ali na propriedade. Onde criaram três filhos e dois netos, os quais já foram embora para a cidade, exceto uma filha que mora perto da propriedade do casal, mas cuida de suas vacas de leite.



“Primeiro criávamos porcos, depois abandonamos porque já não dava mais dinheiro. Trabalhamos plantando milho e feijão, e quando isto também já não dava mais dinheiro passamos a trabalhar com vacas de leite. Hoje eu e meu marido vivemos do dinheiro da aposentadoria e das vacas de leite” conta Helena.



O casal tinha 30 alqueires de terra, já venderam cinco e procuram vender mais 17. Com o dinheiro vão comprar uma casa na cidade, e repartir o restante entre os filhos. Pretendem continuar com uma pequena área, por onde corre o rio e há uma bela cachoeira. “A gente pode até ir para a cidade, mas eu quero um pedaço de terra pra poder passear” finaliza Helena.
“Atualmente a agricultura dá pouco dinheiro, os jovens não querem trabalhar em um serviço tão pesado com tão pouca remuneração, por isso vão em busca de alguma coisa melhor”, explica Adelino.


 






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