Flor da Serra do Sul está educando para o futuro

05 de Junho de 2018

 

Em um cenário onde as perspectivas para o futuro do meio ambiente ficam cada vez mais preocupantes, a educação ambiental para crianças é uma das formas encontradas para ampliar a consciência sobre a importância de preservar. Pensando nisso, em Flor da Serra do Sul, foi criado um projeto inovador, a Escola Ambiental, uma das únicas da nossa região.

A iniciativa, conforme a prefeita Lucinda Ribeiro de Lima Rosa têm dois objetivos principais. “O primeiro é a necessidade de trabalhar com nossas crianças a questão ambiental, por que elas são o futuro do nosso município, Estado e do nosso país. São elas que vão criar ações e pensar projetos que podem ajudar a na preservação da vida como a conhecemos hoje, por que se não fizermos nada a água potável vai acabar. O outro objetivo é darmos uma utilidade para a escola que existia no Rio Verde e que foi desativada em função do pequeno número de alunos. Então pensamos nessa alternativa para utilizar este espaço e conseguir ampliar o papel educacional na rede municipal de ensino, trabalhando com a questão ambiental”, afirmou Lucinda.

O vereador Leocir Castelli, representante da comunidade do Rio Verde, participou da aula inaugural, em maio. “Quando a Administração veio aqui para fechar esta escola eu fui contra, por que não queria que esse espaço ficasse abandonado, nem que nossa comunidade perdesse uma estrutura tão boa como essa. Hoje, vendo que as atividades estão voltando pra cá, através da escola ambiental, fico muito feliz. Por isso, digo a vocês crianças que aproveitem esse espaço e essa oportunidade, e peço à prefeita que pense na possibilidade de mais investimentos para o local, talvez com a construção de uma academia da saúde”, declarou para os alunos durante a aula inaugural.

O secretário de Educação Doalsei Caragnato, reforçou a importância de trabalhar o meio ambiente com as crianças. “Esse é um projeto que vem pra complementar as ações que já aconteciam relativas ao meio ambiente. É uma forma de institucionalizar a educação ambiental. E nossa intenção é ir ampliando o projeto e conseguir parcerias, talvez até com universidades para que os estagiários possam desenvolver ações com as crianças”, afirma.

Inicialmente o projeto vai contar com duas turmas do 5º ano, que terão uma aula por semana na Escola Ambiental. Em breve o viveiro municipal também será levado para o local, como uma maneira de centralizar as ações relacionadas ao meio ambiente e prover material de estudo para os alunos. Além disso, uma horta será construída atrás da escola para que seja trabalhado com as crianças questões práticas de plantio orgânico e cuidados com a terra.

O professor responsável por coordenar as ações é Fernando José Segala. Formado em geografia, Fernando tem mestrado com ênfase em educação ambiental, além de algumas pós-graduações. “Pretendemos trabalhar com as crianças os conceitos de educação ambiental, questões relacionadas à hidrografia da região, fauna e flora. Mas a intenção é ir além da sala de aula, desenvolver atividades práticas, levá-los para conhecer nascentes de rios, pontos da mata ciliar, proteções de fontes, entre outras coisas para que eles conheçam a região onde vivem e o que podem fazer para ajudar a preservá-la”, afirma o professor.

Fernando enfatiza a necessidade de ações como essas já que é preciso que as pessoas conheçam o lugar onde vivem para que então pensem em preservá-lo. “Precisamos pensar com as crianças para combater esse pensamento de que podemos extrair da natureza tudo o que precisamos de forma descontrolada. E como as crianças ainda tem uma mentalidade mais flexível é mais fácil desenvolver nelas desde cedo essa consciência de sustentabilidade, e uma das formas de fazer isso é ajudando elas a conhecer o ambiente e o que é ser sustentável”, enfatiza.

Os alunos Vitor e Maryane, fazem parte da primeira turma da escola ambiental e falaram sobre o que eles esperam aprender durante as aulas. “Acho que vamos aprender sobre as matas, as florestas, nascentes e como cuidar delas por que tem bastante gente que está desmatando e é importante preservar a natureza para os animais e pra gente também”, afirmou Vitor. Já Maryane diz conhecer alguns rios do município e pretende saber como deixá-los livre de sujeiras. “Conheço alguns rios aqui, bem bonitos, mas em alguns encontramos lixo e eu espero aprender mais sobre eles e como cuidar para que continuem bonitos, e sem lixo”, finalizaram.

Pular para o conteúdo