Escolas municipais conseguem boas notas do Ideb

08 de Dezembro de 2010

=”javascript:popup(‘/pop-up/noticias.asp?id=549&img=01’);”>O município de Flor da Serra do Sul vem obtendo bons resultados na área educacional. As notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2009 comprovam o desempenho e os investimentos na qualidade de ensino entre as escolas dos anos iniciais que vão no 1º ao 5º ano, ou da antiga 1ª a 4ª série.



A média entre as duas escolas do município — Nossa Senhora da Glória na cidade e Alice Rubin Bernardi na linha Tatetos — é de 6,7, enquanto a média do Paraná foi de 5,4 e do Brasil de 4,6.
Até 2021, o Ministério da Educação (MEC) quer que todos os municípios brasileiros atinjam a nota 6. A média é similar à conquistada por países que ficam no topo das avaliações internacionais, como a Finlândia.


 O Paraná deve atingir a média proposta pelo governo em 2014. Este é o melhor índice já obtido por Flor da Serra do Sul que foi emancipada em 1993 e tem aproximadamente 4.700 habitantes. Em 2005 o município tinha um dos piores índices, a nota era de apenas 3,8. “Na época eu era diretora de uma escola e aquela nota nos deixou muito mal, eu, professores, alunos, administração e comunidade” conta a professora Ivone Demartini que hoje é a Secretária de Educação de Flor da Serra do Sul.



Superar a nota de 2005 virou um desafio de todos. Segundo Ivone o resultado obtido com a Prova Brasil aplicada em outubro de 2009 e divulgada dia 5 deste mês é fruto do carinho e amor pela terra sulflorense.
“Este amor é um sentimento da Administração, professores, direção, pais, comunidade e dos próprios alunos. Todos querem o melhor para Flor da Serra do Sul” finaliza a Secretária de Educação.



De fato todos se empenharam, pais começaram a exigir mais dos filhos em casa e a Administração paga um dos melhores salários para professores da região, a média de um professor com pós-graduação gira em torno de R$ 1.900,00.


Sem surpresa
A nota foi uma boa surpresa para a equipe pedagógica, mas não foi surpresa para os alunos da 4ª série que hoje estão na 5ª. “Vieram pessoas de fora aplicar a prova, fomos pra outra sala e a prova não era tão difícil” conta a estudante Aline Duarte.



“Ninguém recebeu ajuda, a prova era em dois blocos de 25 minutos, depois a gente tinha mais 15 minutos pra passar tudo pro gabarito” conta Lucas Arisi de 10 anos. “Meu pai e minha mãe me ajudam nos temas de casa daí a prova ficou fácil” afirma João Pedro Sprandel.



A escola é a principal responsável pela nota obtida, mas não se conquista este resultado sem a participação dos pais e da própria comunidade. “Eu costumo jogar jogo de memória com meu pai, minha mãe e minha irmã” conta Ana Cláudia Tomazzini.



Os alunos da escola da linha Tatetos também estavam preparados para a prova. “Gosto de português e matemática. As perguntas eram de interpretação, tinha que entender a pergunta pra fazer as contas” destaca Jéssica Zanella Rolin, 10 anos.



No decorrer de 2009 foram realizadas atividades que simulavam a Prova Brasil. “Nos empenhamos para conseguir um bom resultado e ele veio. Agora vamos trabalhar para pelo menos tentar manter este resultado e sabemos que isto não é fácil” relata um dos professores de Flor da Serra. Vários alunos e alunas das duas escolas escreveram cartinhas endereçadas ao jornal Sentinela agradecendo os professores e direção pelo ensino recebido.